Trabalhamos todos os dias com legalizações de automóveis e é por vezes frustrante recebermos clientes que leram um artigo na internet ou até num qualquer papel ou revista com informações erradas.
Estas informações erradas podem ter custos significativos e até consequências graves.
Muita da informação existente na internet sobre legalização automóvel é escrita por pessoas que não conhecem verdadeiramente o que estão a escrever – são os chamados “escritores de conteúdos“.
Este escritores são contratados e pagos para escrever um texto sobre um determinado tema, o que em si não tem qualquer problema, mas a quantia paga não é suficiente para que a investigação sobre esse tema seja completa e verificada – o processo típico é alguém receber algumas dezenas de euros para escrever um texto de 300 ou 500 palavras sobre um determinado assunto, o que, como é natural, é manifestamente pouco para que faça a devida diligência sobre o que está a escrever e se inteire plenamente de todos os detalhes e pormenores, pelo que lêem alguns artigos, estruturam e resumem a informação, e apresentam-na como a entenderam. E isto é num cenário ótimo, sem ter em consideração a competência, o controlo de qualidade e a verificação factual do que é transmitido – tal como deveria acontecer numa notícia.
Quando lê informações sobre legalização automóvel num sítio de comparação de créditos, num sítio de reparação de vidros, num sítio de classificados de carros usados, está a ler algo escrito por alguém que não lida com estas questões, está a ler o que foi escrito por um escritor de conteúdos, que pode escrever hoje sobre legalização automóvel e amanhã sobre dicas para poupar bateria no telemóvel.
Questione sempre a informação que lê.
Se está a ler algo sobre legalização automóvel num sítio que nada tem a ver com legalização automóvel, suspeite.
Da mesma forma, tenha muito cuidado com as novas ferramentas de inteligência artificial (IA), como por exemplo o Gemini (Assistente Google), o Copilot ou o ChatGPT.
Estes assistentes não sabem nada, apenas reúnem a informação, criam relações entre a informação e enviam-na num formato de linguagem que nós entendemos.
Ora, se reúnem a informação nos sítios acima indicados, estarão a reunir informação incorreta e a dar informação incorreta.
Dos nossos testes, a quantidade de erros nas respostas destes assistentes é enorme, pelo que desaconselhamos de todo a sua utilização para tomada de decisões.
Aliás, presenciamos neste momento uma situação em que os escritores de conteúdos usam IA para escrever artigos, a entidade que os contratou coloca o texto online e quando alguém consulta, por exemplo, o ChatGPT, este vai buscar a informação ao artigo que escritor de conteúdos escreveu com recurso a IA, isto é, a ferramenta de IA tem como fonte algo que a própria ou outra ferramenta de IA escreveu.
Alguns exemplos sobre um caso específico relacionado com o Certificado de Conformidade:
Para tornar mais célere o seu processo, antes de dares início às etapas que aqui serão descritas, deves certificar-te de que, quando te entregam a viatura, esta tem o Certificado de Conformidade Europeu (COC) (caso contrário, deves pedi-lo ao vendedor do carro) e o Documento Único Automóvel (DUA) do país de origem.
Texto retirado de um sítio de comparação de serviços.
Com o veículo, deve munir-se ainda da fatura ou declaração de venda (caso seja uma venda entre particulares), de um certificado de conformidade comunitário (COC), certificado de matrícula estrangeiro ou documento equivalente, guia de transporte (CMR) e recibo de quitação, no caso de veículo auto transportado.
Texto retirado de um sítio de um banco português.
O processo de legalização automóvel possui custos fixos e variáveis para além das despesas que já terá a transportar a viatura desde o país de origem.
Dentro dos custos que são fixos, contabilizam-se:
Documento Único Automóvel: 45 euros;
Inspeção: entre 75 a 80 euros;
Registo automóvel: cerca de 55 euros;
Certificado de Conformidade Europeu : entre 100 a 250 euros.
Texto retirado de um sítio de uma operadora de renting automóvel.
O processo de legalização de um carro importado em Portugal tem custos fixos e variáveis, desde o registo de matrícula até ao pagamento dos impostos. Nos custos fixos, importa ter em mente os seguintes valores aproximados:
Certificado de Conformidade (COC) tem um custo entre 150 e 400 euros
Documento Único Automóvel (DUA), também designado por certificado de matrícula: entre 45 e 55 euros;
Inspeção tipo B do veículo: entre 75 e 80 euros;
Registo automóvel: 55,30 euros, se for feito online através do site Automóvel Online, ou 65 euros se for feito presencialmente num dos balcões de atendimento do Instituto dos Registos e do Notariado ou das Lojas do Cidadão.
Texto retirado de um sítio de uma petrolífera.
COC (Certificado de Conformidade Europeu): obrigatório para a legalização do carro em Portugal, este documento comprova que o veículo cumpre as normas da UE. Sem ele, não poderá concluir o processo no IMT.
Texto retirado de um sítio de uma empresa de importação automóvel.
Documentação Necessária: Certifique-se de ter todos os documentos necessários, como o Certificado de Conformidade Europeu (COC), o documento de identificação do veículo (Fahrzeugbrief), e recibos de compra.
Resposta do ChatGPT.
O Certificado de Conformidade (CoC) pode ser necessário mas, não é obrigatório, ou seja, não é necessário em todos os casos.
Ao assumir que é, como dizem estes artigos, a pessoa que vai legalizar o carro irá, na falta do CoC, encomendar uma cópia do CoC e gastar dinheiro sem qualquer necessidade.
Temos a experiência necessária para tratar da sua legalização automóvel, já o fazemos desde 2021. Tornamos o que pode vir a ser uma má experiência em algo previsível e seguro.
Para ter a certeza de que tudo irá correr bem com a sua importação ou legalização automóvel, pode contratar os nossos serviços de legalização automóvel ou, caso não tenha a disponibilidade financeira, pedir uma consulta de legalização automóvel por um valor muito acessível ou até o nosso serviço de legalização económica.